segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nova Crítica (CURTA CINEMA)









(crítica realizada durante o Curta Cinema
publicada no blog do Workshop de Crítica do festival)
"LAURITA, de Roney Freitas e ANNA de Rúnar Rúnarsson
por Hebert Maia

As mulheres com sua beleza, seus desejos, suas angústias, sempre fascinaram o cinema. Atualmente vemos multiplicarem-se os exemplos de retratos femininos da adolescência e suas complexidades. Encontramos aqui dois filmes que, ao retratarem adolescentes e suas aflições, dialogam entre si. Não imaginaríamos que o curta brasileiro Laurita pudesse estabelecer alguma conexão com o dinamarquês Anna, mas as personagens em meio as suas crises, geram em nós uma empatia com suas histórias e a percepção que vencida as crises a vida será diferente daí em diante.

Já é uma mocinha

No curta Laurita, filme de estréia do diretor Roney Freitas, conhecemos Laura (Helena Gullo), uma menina com seus 11 anos e que está crescendo, deixando algumas brincadeiras de lado e se tornando mulher. Assustada com as mudanças de seu corpo e atormentada pela “Monga”, aquele atração meio circense de parques pequenos que traz uma mulher que se transforma em gorila ao vivo. Se já não bastasse tão difícil fase de sua vida, Laura está na casa de verão de sua família com todas as tias e primas lembrando a todo hora que agora ela já é uma moça, já está crescida. Que terrível hora para crescer.

Roney Freitas nos traz a memória não só as nossas histórias com a adolescência e as mudanças que acontecem no nosso corpo e em nossa vida, mas também nossas lembranças sobre as desventuras em família e como hoje conseguimos rir disso tudo assim como um dia Laura fará.

Uma prima a incomoda com uma história de um suposto beijo com a boca cheia de chocolate que recebeu de um primo mais velho. Laura vai ao quarto do primo, também gostaria do beijo, escolhe ter apenas o chocolate. Talvez se pudesse escolher voltaria o tempo para uma fase menos confusa, é esse o desejo que Laura faz com o cílio no dedo querendo preservar a infância que tão depressa parece fugir dela.

(...) "

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